O que fazer quando a ideia não é excepcional?



Imagem: Clairit - Flicker

Ao escrever o post "Existe receita para o bom texto", o comentário deixado pelo editor do blog Without Brain levou-me a pensar que, muitas vezes, as ideias que pareciam brilhantes em nossa cabeça, quando tomam forma na folha de papel ou num post acabam não parecendo tão inovadoras e brilhantes como antes. Vejam um trecho do comentário e meneiem a cabeça afirmativamente se já pensaram o mesmo:
"Sempre achei muito frustrante ter uma excelente idéia e quando colocava-a no papel ela ficava distorcida ou incompleta, e por mais que eu tentasse consertar, o texto só piorava."
Concordo, Teilor, que é frustrante não ver aquilo em que acreditávamos sair como queríamos. No processo de escrita é assim mesmo, pois redigir é dizer a outra pessoa o que se pensa. Quando ficamos no Twitter jogando conversa fora ou mesmo quando tentamos argumentar em favor de uma tese, está-se como que redigindo oralmente; ao escrever uma carta, de qualquer natureza, está-se redigindo; ao resolver um problema de Matemática, escrever um relatório sobre o comportamento dos golfinhos  em Fernando de Noronha está-se redigindo. Quando o Caio se aventura a escrever contos como fez no post  "Mais um dia no inferno" está-se redigindo. Convém observar, todavia, que cada uma das situações enumeradas anteriormente exige uma forma de texto e, assim, cada texto terá a silhueta devida.

A bibliografia bem como o número de blogs que já tratam do assunto é muito grande, por isso, este blog procura lembrar ao leitor de que redigir pode ser arte, mas requer, antes de tudo, técnica.
Por isso, não deixem passar a oportunidade de assinar o feed do blog ou seguir-me pelo gadget na sidebar. Seguir-me no Twitter pode não ser a melhor opção visto que os links que tenho mandado ali são os que você receberá pelos feeds.
Não se esqueça de que para chegar-se ao produto redação, deve-se conhecer  todo o trajeto que lhe antecede.

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5 Comentários

  1. Você tocou em dois pontos vitais, especialmente para os blogueiros: o primeiro, a busca de uma ideia original, perseguida a preço de ouro e que irá seduzir leitores; o segundo, a colocação da ideia no papel, quer dizer, na tela.

    E é uma sensação indescritível quando tudo dá certo. E uma morte, quando a ideia não consegue dá sinais de vida na telinha...

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  2. Como eu não sei se meu comentário anterior foi postado corretamente...

    Esse é um dos problemas que enfrento ao produzir um texto. Muitos argumentos vêm à cabeça, mas ao passar para o papel eles ficam confusos a ponto do leitor não conseguir entender a essência do que queria transmitir. Estive percebendo que isso acontece com mais frequência e sem a necessidade de muitos argumentos, quando estou sob alguma pressão, como em concurso ou prova na escola, mas aí acho que é só um pouco de ansiedade, ou não!
    É muito bom que o professor está bem (ao menos acho e espero que sim), mas vê se não esquece dos loucos twitteiros, mande ao menos um sinal de fumaça. ;-)

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  3. Harley, fico em dúvida sobre a existência dessa tal ideia original. Pra mim é lenda...rs. Concordo que é muito bom ver um trabalho sendo reconhecido, seja ele um simples post ou até mesmo uma tese de mestrado ou doutorado. Felizes os que já sentiram isso. Valeu pela visita amigo.

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  4. Felipe, sua "angústia" é comum. Não se desespere, pois a prática acaba com qualquer medo de colocar no papel as ideias ou de apresentá-las diante de uma multidão. Eu já li diversas coisas que escreveu e posso assegurar que pelo menos essas que conheço foram bem escritas. Abraço, meu caro.

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  5. Que honra ser citado neste blog! Muito obrigado.

    Queria que minhas idéias se escrevessem sozinhas, assim não tinha que passar pela tortura de eu ter de escreve-las.

    Mas acho que estou melhorando com o tempo. Talvez hoje minha técnica seja um pouco deficiente, mas acredito que quanto mais experiência eu acumular, mas fácil vai ser desenvolver os textos.

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