A esperança é magrinha, sem corpo, burrinha…

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Certa vez, numa comunidade do Orkut, havia uma discussão sobre uma crônica. Ela se chamava “Uma esperança”. Não colocarei o texto aqui, mas você pode lê-lo lá no bom Substantivolátil. Não quis ler os comentários na comunidade para não ter meu texto contaminado pelas vozes de todos. Mais ainda por saber que as leituras feitas pelos que são leitores de crônicas são, em sua maioria, sensíveis e invariavelmente me encontro nelas. É quase que uma tentativa de não pavonear nas palavras. Ao ler o texto em questão, fiquei na mesma dúvida inicial da narradora. Confundir esperança (inseto) com esperança (confiança em conseguir o que se deseja). É justamente nesse ponto, ou melhor, nessa definição que baseei-me na hora da leitura.
A esperança, assim como a narradora diz, costuma estar dentro de nós e, justamente por isso, nossa visão não se amplia e as possibilidades de alcançá-la mínguam. Mas quando a vislumbramos, ainda que seja “magrinha”, “sem corpo”, “burrinha”, “hesitante”, “cega” e “frágil”, percebemos que há um “pequeno rebuliço”. Crer na concretização dela, ainda que para isso precisemos, nós mesmos, “limpar trás dos quadros” é importante, pois a própria narradora afirma no final que por sua fragilidade, inúmeras vezes, hesitamos em pegá-la e como conseqüência, nem percebemos que ela esteve por ali.

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