Produção de resumo – texto sobre IDOSOS

Esta é uma atividade interessante para as aulas de produção de texto porque exige do aluno a capacidade de elaborar um resumo com as informações principais do texto-base. É uma habilidade necessária quando vamos fazer uma redação. É isso. Mãos à obra.


Faça um resumo de 7 a 10 linhas do texto abaixo. Para elaborar o resumo, selecione as afirmações mais relevantes texto original e apresente-as de forma condensada, sem recorrer ao recorte e colagem.

Sobre a obrigação de respeitar os idosos

A recomendação de respeitar os idosos, frequentemente encontrada perto da porta de saída dos ônibus ou em espaços públicos, pode ser entendida como uma louvável preocupação solitária. Há que se considerar, porém, a quem se destina. Aqueles que não respeitam ninguém? Não seria uma frase singela como essa que lhes incutiria princípios de civilidade e humanismo. Além disso, não acredito que os idosos devam ser considerados merecedores de maior respeito do que os demais cidadãos. Necessitam, pelas suas características habituais, de cuidados específicos para o seu conforto e bem-estar, mas nem por isso superiores aos destinados a seus descendentes.
A todos deve ser dado o devido respeito. Recomenda-lo preferencialmente ao idoso é uma forma de discriminá-lo, colocando-o à margem da comunidade. Soa como "respeite-o por que ele é idoso", o que pode ser erroneamente interpretado como "não respeite quem não for idoso". Não é essa a atitude que queremos estimular entre os nossos pares.
Talvez esse este conselho seja endereçado àqueles que desrespeitam especificamente quem tem muita idade. Ao motorista que não pára no ponto em que só os idosos tencionariam a embarcar ou aos passageiros que dizer em alta voz que "lugar de velho é no asilo". Muitos podem desconhecer que isso ocorra, mas, diariamente tomamos ciência dos relatos sobre esse tipo de preconceito. Infelizmente, são frequentes na vida de quem habilita um "pais de jovens", em que se acredita que os mais novos têm prioridades e, portanto, devem ser prestigiados no acesso ás oportunidades.
Tal comportamento é, a um só tempo, descabido e inoportuno. Sabemos que, quanto mais desenvolvida for uma sociedade, maior será a idade média da sua população. Embora ainda distantes daqueles chamados "paises desenvolvidos", temos observado nítido e progressivo aumento na expectativa de vida de nossa população. Portanto "pais de jovens" deve ser entendido como "país subdesenvolvido" em termos sociais e económicos. Lutamos muito para deixar de sê-lo. Além disso, todos deveriam ter claro que quem hospitaliza o idoso esta comprometendo o seu próprio futuro.
Felizmente, porém, estamos avançando. Não na velocidade em que gostaríamos de fazê-lo nem na abrangência de que necessitamos, mas de forma explicita o suficiente para nos confirmar que estamos na rota certa. Um bom exemplo pode ser verificado nos avisos que identificam os lugares preferenciais para idosos em ônibus e no metro. Mostram, de forma estilizada, uma figura alquebrada, apoiada em bengala, identificada com a doença e com a limitação. Nessa imagem, criada em São Paulo para ilustrar a lei municipal n° 11.248 (de 1710/92), perpetua-se o conceito mitológico do enigma de Tebas, em que o homem era entendido como o "animal que amanhecia sobre quatro pernas, passava o dia sobre duas e ao anoitecer andava com três". Foram necessárias manifestações de indignação e de discordância, além de muita discussão sobre o estereótipo decorrente desse símbolo, entre os diferentes segmentos da sociedade, incluindo idosos, para que, a fim de identificara lei federal n° 10.048 (de 8/11/00), fosse criada a imagem de um idoso muito mais parecido com aquele que todos poderiam e gostariam de ser quando lá chegarem. Essa pode ser vista nas linhas mais recentes do metro. O mesmo ocorreu com as imagens de mensagens publicitárias de produtos direcionados a essa faixa etária.
São poucos os exemplos, afirmaram alguns. Incipientes, diriam outros. Embora concorde, vejo-os como um fenómeno emblemático. Estamos aprendendo a entender melhor a importância e o papel social dos idosos e, com isso, preparando o nosso próprio futuro. Quem envelhecer verá.

(Jacob Filho, Wilson. Foha de S.Paulo, Folha Equilíbrio, 28 abr. 2005. P.2)

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