23 exercícios complementares de Literatura

Os exercícios de hoje complementam a atividade que ontem postei aqui. tenho afirmado que estudar interpretação de texto e aliá-la ao estudo da Literatura é uma forma muito eficiente de estudar para o vestibular e para o Enem. Além de alguns exercícios referentes ao trecho do livro Vidas secas que publiquei ontem aqui, há alguns outros bastante interessantes sobre interpretação de textos.Nas atividades de hoje faremos justamente isso.
exercícios-de-literatura-de-revisão
Para responder estas questões, use o texto do nosso post anterior. Acesse-o.
1) O texto, no seu conjunto, revela que Fabiano
 
a) ousou enfrentar o branco provando-lhe que as contas dele estavam erradas.
b) ao perceber que era lesado, defendeu com êxito seus direitos.
c) conscientizou-se de que era vítima de safadeza, e conseguiu justiça.
d) concluiu que era explorado na venda do gado e nas contas.
e) indignou-se com a sua situação mas voltou às boas com o patrão.
2)  A respeito de Sinhá Vitória, a mulher de Fabiano, é possível afirmar que
 
a) tinha miolo, não errava nas operações e tentava atenuar os conflitos do marido com o patrão.
b) era mesmo ignorante; quando Fabiano percebeu seu erro, foi pedir desculpas ao patrão.
c) além de errar nas contas, irritava-se com a diferença dos juros.
d) suas contas sempre diferiam das do patrão, mas ela pedia a Fabiano que se conformasse.
e) era o único apoio do vaqueiro, mas infelizmente sua ação não tinha efeito.
3) Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período: Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.
 
a) Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano.
b) Foi até a esquina, parou, tomou fôlego.
c) Depois que aconteceu aquela miséria, temia passar ali.
d) Tomavam-lhe o gado quase de graça e ainda inventavam juro.
e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era.
4)  Observar a oração: ... e Fabiano saiu de costas...
Assinalar a alternativa em que a oração também tenha verbo intransitivo:
 
a) ...Fabiano ajustou o gado...
b) ...acreditara na sua velha.
c) ...davam-lhe uma ninharia.
d) Atrevimento não tinha...
e) Depois que acontecera aquela miséria.
5)  Assinalar a oração que começa com um adjunto adverbial de tempo:
 
a) Com certeza havia um erro no papel do branco.
b) No dia seguinte Fabiano voltou à cidade.
c) Na porta, (...) enganchou as rosetas das esporas...
d) Não deviam tratá-lo assim.
e) O que havia era safadeza.
6)  As palavras: adivinhar adivinho adivinhação têm a mesma raiz, por isso são cognatas. Assinalar a alternativa em que não ocorrem três cognatos:
 
a) alguém algo algum.
b) ler leitura lição.
c) ensinar ensino ensinamento.
d) candura cândido incandescência.
e) viver vida vidente.
7)  Assinalar a alternativa em que a primeira palavra apresenta sufixo formador de advérbio e, a segunda, sufixo formador de substantivo:
 
a) perfeitamente - varrendo
b) provavelmente - erro
c) lentamente - explicação
d) atrevimento - ignorância
e) proveniente - furtado.
8)  Assinalar a alternativa que transcreve passagem do romance Quincas Borba, de Machado de Assis:
 
a) “Era o Quincas Borba, o gracioso menino de outro tempo, o meu companheiro de colégio, tão inteligente e abastado. Quincas Borba!”
b) “Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito.”
c) “Era tarde para mandar o camarote a Escobar; saí, mas voltei no fim do primeiro ato. Encontrei Escobar à porta do corredor.”
d) “Sim, a lamparina ia morrendo, mas ainda podia dar luz ao regresso de Paulo. Quando Flora o viu entrar e ajoelhar-se outra vez, ao pé do irmão, e ambos dividirem entre si as mãos dela, mansos e cordatos, ficou longamente atônita.”
e) “Tristão e Fidélia desceram hoje e Aguiar os foi buscar à Prainha. Dali vieram almoçar ao Flamengo, onde D. Carmo esperava os recém-casados e os abraçou cheia de coração.”
9)  “Neste despropositado e inclassificável livro (...) , não é que se quebre, mas enreda-se o fio das histórias e das observações por tal modo, que, bem o vejo e o sinto, só com muita paciência se pode deslindar e seguir em tão embaraçada meada.” Eis como o autor vê sua obra, dentro da qual faz reflexões como esta : “o povo, o povo está são; os corruptos somos nós os que cuidamos saber e ignoramos tudo.”
Trata-se da obra :

a) Portugal, de Miguel Torga.
b) Quincas Borba, de Machado de Assis.
c) Os Maias, de Eça de Queirós.
d) Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
e) Viagens na minha terra, de Almeida Garret.
10)  I.Autor que levava no palco a sociedade portuguesa da primeira metade do século XVI, vivenciando, na expressão de Antônio José Saraiva, o reflexo da crise.
II. Atuou na linha do teatro de costumes, associou o burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade.
Os enunciados referem-se, respectivamente, aos teatrólogos:
 
a) Camilo Castelo Branco e José de Alencar.
b) Machado de Assis e Miguel Torga.
c) Gil Vicente e Nelson Rodrigues.
d) Gil Vicente e Martins Pena.
e) Camilo Castelo Branco e Nelson Rodrigues.
11)  I
“Porque não merecia o que lograva,
Deixei, como ignorante, o bem que tinha,
Vim sem considerar aonde vinha,
Deixei sem atender o que deixava.”
II
“Se a flauta mal cadente
Entoa agora o verso harmonioso,
Sabei, me comunica este saudoso
Influxo a dor veemente;
Não o gênio suave,
Que ouviste já no acento agudo e grave.”
III
“Da delirante embriaguez de bardo
Sonhos em que afoguei o ardor da vida,
Ardente orvalho de febris pranteios,
Que lucro à alma descrida ?”
Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas podemos dizer que os movimentos literários a que pertencem I, II e III são respectivamente
 
a) barroco arcadismo romantismo.
b) barroco romantismo parnasianismo.
c) romantismo parnasianismo simbolismo.
d) romantismo simbolismo modernismo.
e) parnasianismo simbolismo modernismo.
12)  A chuva salvou o GP Brasil. Vinte minutos de toró, mais uma brilhante corrida de Ayrton Senna, transformaram um passeio de Alain Prost num pesadelo molhado. O francês da Williams foi derrotado pela água. (...) Para ganhar a corrida de Interlagos, Senna contou com sorte, perícia, uma tática bem traçada e, sobretudo, uma burrada sem tamanho de Alain Prost. O nanico, que largou na pole, fazia uma prova sem sustos, liderava com tranquilidade e só perderia se um raio caísse em sua cabeça. Aconteceu quase isso. Na 30ª passagem, debaixo de um belo aguaceiro, não parou para colocar pneus “biscoito” e no fim da Reta dos Boxes perdeu o controle do carro, batendo no Minardi de Christian Fittipaldi.
(Folha de S. Paulo, 5-1, 29.03.93)
Há no texto várias palavras e expressões ligadas chuva, como toró, água, molhado, aguaceiro, etc. Ao empregá-las, o autor procurou
 
a) relatar um acontecimento previsível, verificado durante o GP Brasil.
b) apresentar a chuva inesperada como único fator da derrota de Prost.
c) apresentar dois pontos de vista com relação ao fenômeno da chuva : um, ligado ao vencido, outro, ao vencedor.
d) conseguir efeitos estilísticos que tornassem o texto mais preciso e elegante.
e) demonstrar que, às vezes, a providência divina faz a sua própria justiça.
13)  A chuva salvou o GP Brasil. Vinte minutos de toró, mais uma brilhante corrida de Ayrton Senna, transformaram um passeio de Alain Prost num pesadelo molhado. O francês da Williams foi derrotado pela água. (...) Para ganhar a corrida de Interlagos, Senna contou com sorte, perícia, uma tática bem traçada e, sobretudo, uma burrada sem tamanho de Alain Prost. O nanico, que largou na pole, fazia uma prova sem sustos, liderava com tranquilidade e só perderia se um raio caísse em sua cabeça. Aconteceu quase isso. Na 30ª passagem, debaixo de um belo aguaceiro, não parou para colocar pneus “biscoito” e no fim da Reta dos Boxes perdeu o controle do carro, batendo no Minardi de Christian Fittipaldi.
(Folha de S. Paulo, 5-1, 29.03.93)
Em todo o texto, os nomes de Alain Prost e Ayrton Senna nunca são retomados expressamente pelo pronome ele. O autor
 
a) não repetindo pronomes, caracteriza, com precisão, a personalidade de cada um dos pilotos.
b) preferindo os recursos utilizados, deprecia Prost e evita possíveis ambiguidades.
c) empregando a expressão “o francês da Williams”, subestima um possível motivo da superioridade de Prost.
d) utilizando esse expediente, dá o máximo de informações sobre os dois pilotos rivais.
e) optando por outras expressões torna o texto propositadamente prolixo e confuso.
14)  A chuva salvou o GP Brasil. Vinte minutos de toró, mais uma brilhante corrida de Ayrton Senna, transformaram um passeio de Alain Prost num pesadelo molhado. O francês da Williams foi derrotado pela água. (...) Para ganhar a corrida de Interlagos, Senna contou com sorte, perícia, uma tática bem traçada e, sobretudo, uma burrada sem tamanho de Alain Prost. O nanico, que largou na pole, fazia uma prova sem sustos, liderava com tranquilidade e só perderia se um raio caísse em sua cabeça. Aconteceu quase isso. Na 30ª passagem, debaixo de um belo aguaceiro, não parou para colocar pneus “biscoito” e no fim da Reta dos Boxes perdeu o controle do carro, batendo no Minardi de Christian Fittipaldi.
(Folha de S. Paulo, 5-1, 29.03.93)
Se passarmos para a voz ativa a frase “O francês da Williams foi derrotado pela chuva”, mantendo tempo e modo verbais, o verbo da frase resultante deverá assumir a forma
 
a) havia derrotado.
b) derrotara.
c) derrotou.
d) derrotaria.
e) derrotava.
15)  Em Nova Gales do Sul, Austrália, o magistrado Thomas Cleary, julgando o processo movido por um conselho municipal contra 30 pessoas que foram nuas à praia de Reef, em Sidney, decretou que uma lei aplicada desde 1919 para processar banhistas nus, na verdade, só se aplica às roupas com que eles vão à praia.
A lei estipula que as roupas de banho não devem ser “indecentes, inadequadas, finas demais ou estar em mau estado de conservação”. “A lei se aplica à roupa que está sendo usada por uma pessoa”, disse o juiz. “Ela não se aplica à pessoa que não veste nada”, concluiu por amor à lógica o juiz. Na terça-feira Cleary considerou improcedente a aplicação da lei.
(Folha de S.Paulo, 2-11. 08.04.93)
De acordo com o texto,
 
a) a lei de 1919 fora feita especificamente para processar banhistas nus.
b) o juiz, ao considerar improcedente a aplicação da lei, implicitamente condenou os banhistas.
c) o conselho municipal decretou que a lei para punir banhistas nus era improcedente.
d) o legislador antigo deu à lei, a redação acima porque, em sua época, já se pressupunha a existência de banhistas nus.
e) o juiz tomou sua decisão porque nada encontrou na letra da lei que contrariasse a presença de nudistas na praia.
16)  Em Nova Gales do Sul, Austrália, o magistrado Thomas Cleary, julgando o processo movido por um conselho municipal contra 30 pessoas que foram nuas à praia de Reef, em Sidney, decretou que uma lei aplicada desde 1919 para processar banhistas nus, na verdade, só se aplica às roupas com que eles vão à praia.
A lei estipula que as roupas de banho não devem ser “indecentes, inadequadas, finas demais ou estar em mau estado de conservação”. “A lei se aplica à roupa que está sendo usada por uma pessoa”, disse o juiz. “Ela não se aplica à pessoa que não veste nada”, concluiu por amor à lógica o juiz. Na terça-feira Cleary considerou improcedente a aplicação da lei.
(Folha de S.Paulo, 2-11. 08.04.93)
Há no texto adjetivos como municipal, nu, indecente, inadequado, fino, mau e locuções adjetivas como de conservação, de banho, etc. É correto afirmar que
  
a) indecentes e inadequadas entre os três adjetivos aplicados a roupas de banho são de natureza diferente de finas, por envolverem avaliação subjetiva.
b) os adjetivos municipal e fina têm a mesma natureza semântica, pois podem vir antes ou depois do substantivo a que se referem.
c) é possível presumir, pela forma feminina de alguns adjetivos, que havia também mulheres no grupo de 30 banhistas.
d) a expressão roupas de banho finas demais caracteriza roupas demasiadamente caras.
e) a expressão de conservação, na sequência mau estado de conservação, poderia ser substituída por um adjetivo, sem prejuízo da organização sintática.

17)  AH, UM SONETO...
Meu coração é um almirante louco
que abandonou a profissão do mar
e que a vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear...
No movimento (eu mesmo me desloco
nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.
Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.
Mas esta é boa! era do coração
que eu falava... e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação?...
As frases “eu mesmo me desloco nesta cadeira, só de o imaginar” e “esta é boa!” representa.
 
a) comentários extemporâneos e inadequados sobre o soneto.
b) uma recordação do tempo em que o autor foi almirante.
c) uma impropriedade estilística.
d) a interferência do eu-poético no próprio texto.
e) uma prova da loucura do poeta que se imagina navegando.
18)  AH, UM SONETO...
Meu coração é um almirante louco
que abandonou a profissão do mar
e que a vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear...
No movimento (eu mesmo me desloco
nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.
Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.
Mas esta é boa! era do coração
que eu falava... e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação?...
O desenvolvimento figurativo do texto tem seu ponto de partida numa
 
a) interrogação
b) metonímia
c) oposição
d) reiteração
e) metáfora
19) 
AH, UM SONETO...
Meu coração é um almirante louco
que abandonou a profissão do mar
e que a vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear...
No movimento (eu mesmo me desloco
nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.
Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.
Mas esta é boa! era do coração
que eu falava... e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação?...
Sobre o texto, é correto afirmar que
 
a) o poeta tentou escrever um soneto, mas a sua imaginação o desviou do objetivo.
b) não pode ser considerado um soneto, porque não segue as normas da poética clássica.
c) é um soneto que ironiza seu próprio processo de composição.
d) é um soneto composto em versos livres, mas distribuídas em estrofes regulares.
e) é um soneto composto em versos alexandrinos, obedecendo ao esquema rítmico ABAB/ ABAB/ CDC/ EDE.
20)  AH, UM SONETO...
Meu coração é um almirante louco
que abandonou a profissão do mar
e que a vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear...
No movimento (eu mesmo me desloco
nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.
Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.
Mas esta é boa! era do coração
que eu falava... e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação?...
Quanto à sua situação na história literária, o texto é um poema
 
a) barroco, pelo exagero nas imagens e pelo bizarro dos contrastes.
b) arcaico, na medida em que o sentimento poético dá lugar ao prosaico.
c) romântico, pelo sentimento da natureza e pela nostalgia da aventura.
d) simbolista, pelo sentimento de lassidão e inação, dissolvido em assonâncias e sinestesias.
e) modernista, pela consciência crítica da linguagem e pelo modo como reflete sobre poesia.
21)  Após a leitura do conjunto de textos abaixo enumerados, identifique o texto nela caracterizado
I.As minhas estrelas-do-mar estavam lá escondidas junto do muro me dando boa sorte. (...) e si Nossa Senhora, minha madrinha, quisesse se vingar daquilo que eu fizera pra ela, as estrelas me salvavam, davam nela, machucavam muito ela, isto é...
II.As quitandas vazias fermentavam um cheiro acre de sabão da terra e aguardente: o quitandeiro, assentado sobre o balcão, cochilava seu aborrecimento pesado e morrinhento acariciando o enorme pé descalço.
III.Os espinheiros silvestres desatavam as flores alvas e delicadas. O ouricuri abria suas palmas mais novas, para receber no seu cálice o orvalho da noite.
IV.Ó retrato da Morte! Ó Noite amiga,
por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
de meus desgostos secretária antiga!
V.Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma
pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce...
Oh Sonora audição colorida do aroma!
O clima soturno, o pessimismo, aliados a uma forma clássica, denotam autor pré-romântico.
 
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
22)  Após a leitura do conjunto de textos abaixo enumerados, identifique o texto nela caracterizado
I.As minhas estrelas-do-mar estavam lá escondidas junto do muro me dando boa sorte. (...) e si Nossa Senhora, minha madrinha, quisesse se vingar daquilo que eu fizera pra ela, as estrelas me salvavam, davam nela, machucavam muito ela, isto é...
II.As quitandas vazias fermentavam um cheiro acre de sabão da terra e aguardente: o quitandeiro, assentado sobre o balcão, cochilava seu aborrecimento pesado e morrinhento acariciando o enorme pé descalço.
III.Os espinheiros silvestres desatavam as flores alvas e delicadas. O ouricuri abria suas palmas mais novas, para receber no seu cálice o orvalho da noite.
IV.Ó retrato da Morte! Ó Noite amiga,
por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
de meus desgostos secretária antiga!
V.Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma
pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce...
Oh Sonora audição colorida do aroma!
A referência a detalhes desagradáveis, quase sórdidos, revela autor naturalista.
 
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V
23)  Após a leitura do conjunto de textos abaixo enumerados, identifique o texto nela caracterizado
I.As minhas estrelas-do-mar estavam lá escondidas junto do muro me dando boa sorte. (...) e si Nossa Senhora, minha madrinha, quisesse se vingar daquilo que eu fizera pra ela, as estrelas me salvavam, davam nela, machucavam muito ela, isto é...
II.As quitandas vazias fermentavam um cheiro acre de sabão da terra e aguardente: o quitandeiro, assentado sobre o balcão, cochilava seu aborrecimento pesado e morrinhento acariciando o enorme pé descalço.
III.Os espinheiros silvestres desatavam as flores alvas e delicadas. O ouricuri abria suas palmas mais novas, para receber no seu cálice o orvalho da noite.
IV.Ó retrato da Morte! Ó Noite amiga,
por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
de meus desgostos secretária antiga!
V.Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma
pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce...
Oh Sonora audição colorida do aroma!
A preocupação em reproduzir o registro coloquial da linguagem é própria de autor modernista.
 
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V

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