Exercícios de vocabulário e interpretação

Hoje trago para vocês alguns exercícios bastante simples de vocabulário e também interpretação de textos. Tenho notado que, por mais que eu explore em sala de aula conceitos bastante cobrados nos vestibulares e exames como os concursos para prefeituras municipais, os alunos têm bastante dificuldade quando a dúvida se refere ao vocabulário usado. Claro que isso é consequência da falta de leitura de textos bem escritos cujo vocabulário não se limita a abreviações e emotions. Mais essa seria uma discussão pertinente para outro artigo. Hoje vamos apenas pensar um pouco sobre a linguagem dos textos dados e tentaremos manter ativo o cérebro nesta época em que os exames, ou estão no auge, ou já estão ficando para trás.

Exercício de uso do vocabulário e interpretação de textos

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1.Leia o poema abaixo e faça o que se pede:

O mundo é grande

O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983.

Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a reiteração de determinadas construções e expressões linguísticas, como o uso da mesma conjunção para estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção estabelece, entre as ideias relacionadas, um sentido de:
 
(     ) oposição.
(     ) comparação.
(     ) conclusão.
(     ) alternância.
(     ) finalidade.

2. Os provérbios constituem um produto da sabedoria popular e, em geral, pretendem transmitir um ensinamento. A alternativa em que os dois provérbios remetem a ensinamentos semelhantes é:

(     ) “Quem diz o que quer, ouve o que não quer” e “Quem ama o feio, bonito lhe parece”.
(     ) “Devagar se vai ao longe” e “De grão em grão, a galinha enche o papo”.
(     ) “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando” e “Não se deve atirar pérolas aos porcos”.
(     ) “Quem casa quer casa” e “Santo de casa não faz milagre”.
(     ) “Quem com ferro fere, com ferro será ferido” e “Casa de ferreiro, espeto de pau”.

3. Nas conversas diárias, utiliza-se frequentemente a palavra “próprio” e ela se ajusta a várias situações.
Leia os exemplos de diálogos:
I. — A Vera se veste diferente!
   — É mesmo, é que ela tem um estilo próprio.
II. — A Lena já viu esse filme uma dezena de vezes! Eu não consigo ver o que ele tem de tão maravilhoso
assim.
    — É que ele é próprio para adolescente.
III. — Dora, o que eu faço? Ando tão preocupada com o Fabinho! Meu filho está impossível!
       — Relaxa, Tânia! É próprio da idade. Com o tempo, ele se acomoda.

Nas ocorrências I, II e III, “próprio” é sinônimo de, respectivamente,

(     ) adequado, particular, típico.
(     ) peculiar, adequado, característico.
(     ) conveniente, adequado, particular.
(     ) adequado, exclusivo, conveniente.
(     ) peculiar, exclusivo, característico.

4. No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente outro estilo de época: o
romantismo.

“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa.Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não.
Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”

                            ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson, 1957.

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa:

(     ) …o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos à sardas e espinhas…
(     ) …era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça…
(     ) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno,…
(     ) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos…
(     ) …o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.

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