Revisão sobre Complementos verbais

Temos, ao longo dos últimos artigos, revisado um conteúdo que aprendemos lá no Ensino Médio. Como nossa pretensão não é esgotar o assunto, voltamos novamente a ele, mas desta vez, veremos um pouco do que é Objeto Direto e Objeto Indireto. Rapidamente, podemos defini-los como termos que acompanham determinadas estruturas para torná-las completas.

Além deles, podemos ter, dentro da função mencionada, o complemento nominal e o agente da passiva.

 

O que é OBJETO DIRETO e OBJETO INDIRETO

a) Examinei o relógio de parede.

O termo em destaque é objeto direto

b) Distribuí alegria a todos os convidados.

O termo em destaque é obj. dir. e, em seguida, objeto indireto

c) Desejo que ela seja feliz.

O termo em destaque é objeto direto oracional

* O complemento verbal será oracional, quando apresentar estrutura verbal em sua composição. Temos uma oração subordinada substantiva objetiva direta, sendo “que” a conjunção subordinada integrante. Em período, iremos esclarecer essa classificação da oração no exemplo acima.

d) Vi as crianças que estavam brincando no quintal.

* Lembra da oração com pronome relativo? Observe que a oração em negrito acima traz o pronome relativo “que” ( conectivo usado para substituir o termo “as crianças” ). Como se classifica essa oração? Oração subordinada adjetiva é sua classificação.

Há dois tipos de orações adjetivas: restritiva ( não apresenta sinais de pontuação ) e explicativa ( apresenta sinais de pontuação: vírgula ou travessão ). Como não há pontuação antes do pronome relativo “que”, a oração em negrito acima é subordinada adjetiva restritiva. Se puséssemos uma vírgula ou um travessão antes do pronome relativo, ela passaria a ser explicativa. É comum em provas públicas “eles” lançarem a hipótese do emprego ou não emprego da vírgula antes do pronome relativo, questionando o candidato se haveria ou não existiria mudança de sentido. Como a idéia ou sentido das adjetivas está enraizado em sua classificação, com vírgula sua idéia é explicar e, sem o sinal de pontuação, sua idéia ou carga semântica é restringir. Portanto, a alteração de sua pontuação acarretaria em mudança de sentido, não sendo optativa a vírgula, enfim.

e) Dependo de maiores informações.

O termo em destaque é objeto indireto

f) Obedecemos aos antigos costumes.

O termo em destaque é objeto indireto

g) Confiamos nos investigadores.

O termo em destaque é objeto indireto

h) Preciso de orientações que assegurem sólidos resultados.

Nota: Toda oração que apresentar pronome relativo é subordinada adjetiva. Exerce a função de adjunto adnominal. Veremos que os adjuntos adnominais estão sempre contidos em um outro termo sintático. Assim sendo, a oração relativa em negrito acima é adjunto adnominal oracional do núcleo do objeto indireto do verbo PRECISAR. Todas as vezes que empregarem uma oração relativa, ela será subconjunto do termo sintático que apresenta o substantivo ou pronome absorvido pelo pronome relativo. Digamos que seja uma maneira regular de “elastecer” o termo sintático anteposto ao pronome relativo acima. Então, o objeto indireto do verbo PRECISAR é “ de orientações que assegurem sólidos resultados” , sendo “orientações” o núcleo do objeto indireto, e “que assegurem sólidos resultados” é o adjunto adnominal oracional do núcleo do objeto indireto.

i) Os fiscais a quem confiaram as investigações solicitaram mais documentos.

* Todo o termo grifado é o sujeito do verbo SOLICITAR, sendo “fiscais” o núcleo do sujeito e, de fato, “os” e “a quem confiaram as investigações” adjuntos adnominais. Trata-se de um adjunto adnominal não oracional e um adjunto adnominal oracional, respectivamente. A oração relativa em negrito é restritiva, mas se fosse explicativa exigiria vírgulas ou travessões após “fiscais” e antes de “solicitaram”. Essa pontuação à qual fazemos alusão hipoteticamente acarretaria em mudança de sentido e, por conseguinte, não deveria ser lida como pontuação facultativa.

j) Obedeço às normas que disciplinam o exercício dos bons costumes.

* “...normas...” = núcleo do objeto indireto.

“... que disciplinam o exercício dos bons costumes.” = oração subordinada adjetiva. Logo, adjunto adnominal do núcleo do objeto indireto.

“... às normas que disciplinam o exercício dos bons costumes.” é todo o objeto indireto do verbo OBEDECER.

k) Nas repartições públicas onde Silveira e Antunes trabalham, de fato, há crimes.

* Sendo “Nas repartições públicas” um termo que indica lugar, temo-lo como adjunto adverbial de lugar. Porém, ao se perceber o emprego do pronome relativo “onde”, faz-se necessário estender a leitura do adjunto adverbial de lugar até a palavra “trabalham”, pois a oração subordinada adjetiva está contida no adjunto adverbial, uma vez que exerce a função de adjunto adnominal oracional. Como o adjunto adnominal sempre está integrado a um outro termo sintático, o adjunto adverbial é definitivamente “Nas repartições públicas onde Silveira e Antunes trabalham”.

Este foi um artigo bastante detalhado sobre algumas estruturas. recomendo que você releia-o com calma e procure exercícios aqui neste blog para praticar. Lembre-se de que Língua Portuguesa, assim como Matemática e muitas outras, só se aprende praticando.

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