Uso dos signos e competência textual

Falei num post anterior a este sobre as características do signo linguístico. Neste post, continuamos a tratar desse assunto, mas enfocaremos na organização do texto.

É sabido que ao empregar os signos que formam nossa língua, devemos obedecer a certas regras de organização que ela própria oferece. Assim, por exemplo, é perfeitamente possível antepor ao signo árvore o signo uma, formando a seqüência uma árvore. Já a seqüência um árvore contraria uma regra de organização da língua portuguesa, o que nos faz rejeitá-la. Perceba, pois, que os signos que constituem a língua seguem padrões determinados de organização. O conhecimento de uma língua abrange não apenas a identificação de seus signos, mas também o uso adequado de suas regras combinatórias. Esse conhecimento constitui o que se costuma denominar "competência gramatical" do usuário da língua.

30 anos de futebol_0397 Essa aí é a “Chó”. Ela achava que consegui conversar com a gente!

Socialmente, a língua é sempre usada na forma de textos. A história das sociedades humanas fez surgirem ao longo dos tempos diversos tipos de textos - e o conhecimento e reconhecimento desses tipos textuais, bem como a capacidade de utilizá-los adequadamente são fundamentais para a participação efetiva na constante interação comunicativa da vida social. Pense nos diferentes tipos de texto que surgem na imprensa escrita, por exemplo. Reconhecer esses textos nos parece algo muito natural; no entanto, são formas textuais que surgiram mais ou menos recentemente na história da humanidade - afinal, desde quando existem jornais impressos de grande circulação no mundo? Os diferentes tipos textuais existem em função das muitas necessidades sociais - e lidar com eles de forma eficiente, tanto na sua leitura como na sua produção, constitui a chamada "competência textual" do usuário da língua.

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