Proposta de redação sobre cidadania

Nesta proposta de redação convido você, leitor, a refletir sobre a cidadania. Será que exercemos corretamente nosso papel na sociedade? Reclamamos quando devemos? Fazemos nossa parte? A partir das leituras abaixo, faça o seu texto dissertativo. Bons estudos, bons trabalhos e ótima semana a todos.

instruções para A PROPOSTA DE redação

Redija uma dissertação (em prosa, de aproximadamente 25 linhas) sobre o tema:

Nós, brasileiros, cidadãos.

O conjunto dos excertos deverá servir de subsídio para a elaboração de sua redação. Espero que você se posicione criticamente frente aos argumentos expostos nos excertos. Não os copie. (Dê um título ao seu texto. A redação final deve ser feita com caneta azul ou preta.)

1. "(...) [Cidadania] é uma palavra usada todos os dias e tem vários senti­dos. Mas hoje significa, em essência, o direito de viver decentemente.

Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser ne­gro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido.

Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidada­nia: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir tele­fones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública.

O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. (...)"

(Gilberto Dimenstein. O cidadão de papel. São Paulo: Ática, 1993.)

2. "(...) Grandes desigualdades, numa sociedade aberta, democrática e com meios de comunicação modernos, serão inevitavelmente fonte de violência e de cri­minalidade. A reação dos grandes centros urbanos brasileiros tem sido a pior pos­sível: no lugar da reflexão e da ação pública, multiplicam-se as iniciativas privadas de defesa e segregação.

Os condomínios murados e fechados, as casas com guaritas que são verda­deiras casamatas, as polícias privadas, as portarias que exigem dos visitantes identi­ficação como se fossem criminosos, o uso de canos blindados, são exemplos de uma perigosa atitude que se dissemina. Uma atitude que combina o conformismo con­servador com um profundo descrédito pela iniciativa pública.

Não se confia mais no Estado nem mesmo para o desempenho de suas fun­ções básicas e essenciais. Não é assim que se desenvolve a cidadania, não é assim que se cria um mínimo de solidariedade.”

(André Lara Resende. Folha de S. Paulo, 19/11/1996.)

3. "(...) O Brasil tem potencial para dar um salto qualitativo no seu desen­volvimento interno e na sua inserção internacional. Para isso, teremos de respon­der a dois imperativos: a consolidação da cidadania, base fundamental da sobera­nia no mundo moderno e fonte de legitimidade e poder do Estado; e o aproveitamen­to da inexorabilidade da nossa inserção internacional para dela extrair o máximo de benefícios concretos em geração de riqueza, empregos e desenvolvimento eco­nómico e social o menor custo possível. (...)"

(Luiz Felipe Lampreia. Folha de S. Paulo, 20/10/1996.)

4. "(...) A sociedade civil sabe que não dá mais para esperar o governo que tenta, mas não consegue atender a demanda. Nesse vácuo nasceu o chamado "ter­ceiro setor". Um conceito que nasceu na Europa e nos Estados Unidos nos anos 80 e que chegou ao Brasil na década de 90, e hoje emprega perto de um milhão e meio de pessoas. São instituições, associações, organizações que partem da inicia­tiva privada para desempenhar um papel de caráter público. (...)"

(Reportagem de um programa televisivo produzido pela TV Cultura, levado ao ar em 1/10/1999.)

5. "(...) A longa tradição brasileira de intervenção estatal é em larga medida responsável pelo fortalecimento da crença de que o Estado deve atender a todas as demandas sociais. A promoção da cidadania ainda parece ser para muitos uma ta­refa exclusiva dos governos, embora já se registrem iniciativas esporádicas do cha­mado Terceiro Setor que procuram romper hábitos paternalistas.(...)"

(Folha de S. Paulo, Editorial, 17/12/1996.)

A partir da análise dessas ideias, você pode concordar ou não. Espera-se que seu texto demonstre um posicionamento crítico.

Se você deseja ter seu texto lido por mim e corrigido, mande-me pelo e-mail de contato que responderei tão logo puder. Abraço.

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1 Comentários

  1. Ser cidadão
    Cidadania (do latim,civitas) significa ter direitos e deveres junto a sociedade, independente do lugar onde você vive . O ato de participar de decisões de uma sociedade para fazer melhorias, ajudar a cuidar do meio ambiente e lembrar que ainda tem muitas pessoas passando por necessidade pode sim ser considerado como cidadania,pois estamos lutando em prol de alguma causa. Contribuindo para a construção e preservação de um ambiente sustentável estámos exercendo a nossa cidadania.
    Ser cidadão é importante pois assim todos poderão ter uma causa justa para ajudar um ao outro.Todo cidadão tem direitos e deveres com sua sociedade, independente de sua condição social.
    Nossos principais direitos são: votar e ser votado,participar da decisões em nosso bairro e municipio. São nossos deveres como cidadãos: não destruir, pixar ou quebrar as bens públicos,preservar o meio ambiente, pagar impostos.
    Fazendo tudo isso iremos ajudar a nós mesmos. Preservando a natureza estamos contribuindo para o futuro da humanidade. E só assim unidos como cidadãos de boa fé conseguiremos tranformar e melhorar o mundo para as próximas gerações.

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