“Casa de Campo” – Exercício de interpretação de textos

CASA DE CAMPO.
Eu quero uma casa no campo
onde eu possa compor muitos rocks rurais
e tenha somente a certeza dos amigos do peito
e nada mais
Eu quero uma casa no campo
onde eu possa ficar do tamanho da paz
e tenha somente a certeza dos limites do corpo
e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
a pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
do tamanho ideal
pau-a-pique e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
meus discos
meus livros
e nada mais

Sobre “Casa no campo”, pode-se afirmar que:
a) quando o eu-lírico diz “e nada mais”, revela sua desesperança em relação à civilização e ao progresso.

b) ao refugiar-se no campo, buscando o “silêncio das línguas cansadas”, o eu-lírico afirma sua descrença nos homens.

c) ao enaltecer o campo como espaço ideal, ambiente não corrompido, o eu-lírico revela sua negação ao enfrentamento da problemática urbana.

d) ao pretender ser o próprio produtor de seus alimentos e ao “plantar” amigos, discos e livros, o eu-lírico nega o progresso urbano-industrial, a arte e fundamentalmente a máquina que, numa inversão de papéis, passou a produzir tudo por ele.

Gabarito: C

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