Como melhorar a coesão em seu texto

Todo tutorial ou post que fale sobre melhoria da escrita aborda, ainda que superficialmente, o aspecto da coesão. Ela é assim definida pelo Houaiss:
Coesão é a unidade lógica, coerência de um pensamento, de uma obra.
Em outras palavras, coesão nada mais é que a ligação íntima entre as partes de um texto. Isso é muito importante para criar uma unidade de sentido. Em meu outro site, cheguei a falar disso no artigo "Você sabe o que é coerência textual?". Aqui, vou apresentar as principais conjunções e o sentido que possuem. Use-as sem moderação em seus textos.

A princípio, é preciso entender que existem as conjunções coordenativas e as conjunções subordinativas. As primeiras ligam orações que "são independentes" umas das outras. As subordinativas, "orações que funcionam como complementos umas das outras". Veja os exemplos:
Deseja o melhor E espera o pior.
Só dura a amizade ENQUANTO a trolagem não chega.
No primeiro exemplo, encontramos a palavra E, que está ligando duas orações de sentido completo e independente: Deseja o melhor. Espera o pior. Este é um exemplo de conjunção coordenativa.
No segundo, aparece a palavra ENQUANTO unindo duas orações que não podem ser separadas sem que fique alterado o sentido que expressam, pois a segunda depende da afirmação contida da primeira. este é um exemplo de conjunção subordinativa.

Nessa primeira parte do artigo, apresentarei apenas as conjunções coordenativas.

Conjunções coordenativas

Como se classificam essas conjunções?

As conjunções coordenativas são divididas em ADITIVAS, ADVERSATIVAS, ALTERNATIVAS, CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS.

a) ADITIVAS, que servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função: e, nem [= e não]
Tinha saúde e robustez.
Pulei do banco e gritei de alegria.
Não é gulodice nem interesse mesquinho.

b) ADVERSATIVAS, que ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma idéia de contraste: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.
Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta.
Cada uma delas doía-me intensamente; contudo não me indignavam.

c) ALTERNATIVAS, que ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem, já...já, etc.
Para arremedar gente ou bicho, era um gênio.
Ou eu me retiro ou tu te afastas.

d) CONCLUSIVAS, que servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, conseqüência: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, então.
Não pacteia com a ordem; é, pois, um rebelde.
Ouço música, logo ainda não me enterraram.

e) EXPLICATIVAS, que ligam duas orações, a segunda das quais justifica a idéia contida na primeira: que, porque, pois, porquanto.
Dorme, que eu penso. 

No próximo artigo, abordarei uma questão interessante. Onde é que a conjunção deve ser colocada?

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2 Comentários

  1. Robson, muito obrigado pela visita, professor. Apareça mais vezes. E obrigado pelo elogio. Grande abraço.

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