Aprendendo a contar histórias

O artigo de hoje continua na linha daquele em que falei sobre como escrever biografias. Mas desta vez vamos nos desvencilhar um pouco de nós mesmos e contaremos histórias que não precisam ser, necessariamente, autobiográficas. Você conta muitas histórias? Gosta de fazer isso? Já pensou em registrá-las num livro e presentear seus filhos, netos, amigos? Vamos pensar nisso. É o que proponho, mas apenas depois de lermos uma pequena história.

Como fazer lindas histórias

A história

caféO pai foi à cozinha tomar café. Quando voltou encontrou o menino na mesma posição, desenhando palavras.
O menino surpreendeu o pai quando perguntou:
— A gente pode brincar de inventar histórias?
— Claro, todo mundo pode.
— E tem que ter começo?
— Geralmente história tem que ter começo.
— E tem que ser "Era uma vez"...?
— Era uma vez um menino que não sabia contar uma história. O menino riu. Os dois riram.
O menino ficou sério e falou:
— Eu quero inventar uma história. Mas não quero que minha história comece com "Era uma vez"...
— A história tem que parecer com você.
— Comigo?
— Cada um tem o seu modo de contar. E você também terá o seu. E quando você conta a sua história, está inventando um mundo diferente do meu mundo, do mundo da Mariana, do Thiago, da Paula, do Bruno e da Miriam. E a sua história vai parecer com você, será uma continuação de você.
O menino coçou a cabeça e disse sem hesitar:
— Quando é que eu começo a contar a história da minha casa?
— Primeiro vamos ajuntar as palavras, que as ideias vêm depois. Assim: janela, telhado, tijolo...
E os dois foram lembrando outras palavras para a construção daquela casa. Entre elas havia "aconchego, pai, filho, paz, criança, bagunça, brinquedo, mesa, quadro, amarela, azul, livros, lápis, fome, televisão, parede, disco, bebida, fogão, sapato".

Ronald Claver, A casa. Belo Horizonte: Lê.

Produção do Texto

1. Escolha um dos lugares e escreva uma história sobre ele:

a)   sua casa;
b)   sua escola;
c)   uma floresta.

Preparação da história

1. Escolha o lugar:

2. Escreva todas as palavras que para você podem estar ligadas a esse lugar:

3. Leia com atenção todas as palavras relacionadas ao lugar que você escolheu. Elas, com certeza, darão algumas pistas para sua imaginação.

4. Comece a ver os lugares e as pessoas que as palavras podem mostrar. E, dentro desses lugares e com essas pessoas, imagine o que está acontecendo. A sua história está começando.

5. Se preferir, desenhe o que você está pensando. O desenho, de certa forma, pode ir conduzindo a sua imaginação.

Escrita do texto

Escreva a história. Na hora em que você começar a escrever, pode ser que a sua história ainda não esteja completa. Isso não é importante. A sua história pode ir se formando à medida que você vai escrevendo.

Revisão da produção de texto

Releia a história que você criou, observando sobretudo três aspectos:

1. Sequência dos fatos:
Verifique se há entre os fatos apresentados uma ligação lógica e temporal.

2. Clareza:
Observe se as frases comunicam de forma clara a informação e se não há palavras repetidas desnecessariamente.

3. Correção:
Verifique se os sinais de pontuação são usados adequadamente e se a grafia das palavras está correta.

Revisão e Publicação

1. Depois dessa revisão, faça a edição do seu texto. Nessa etapa, você deve cuidar da apresentação e da distribuição dele na página.

  • Faça letra legível.
  • Respeite as margens.
  • Deixe espaço para marcar o início do parágrafo.
  • Evite rasuras.

2. Ao distribuir seu texto na página, você pode deixar espaços para ilustrá-lo com desenhos ou fotos.

3. Agora seu texto está pronto para ser apresentado a seus leitores.

4. Anote os comentários que eles fizerem. Arquive o texto numa pasta, pois ele poderá fazer parte do livro de histórias que você irá publicar neste ano.

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1 Comentários

  1. Olá, adorei essa matéria dando dicas de escrita e de como desenvolver uma história, eu tentei iniciar uma e estou postando aqui no comentário mesmo, eu sei que ela esta fraquinha mas queria a opinião de vocês si tenho change de continuar sonhando em ser um escritor, é claro que falta muita desenvoltura e imaginação da minha parte, mas eu amo literatura e sonho mesmo em ser um escritor futuramente, gostaria que vocês opinassem sobre o que errei ou do que está faltando pra mim melhorar a minha escrita, fico grato si comentarem ou me responderem por e-mail. Tenham uma ótima noite e gostei muito do blog#

    Dentro Floresta Amazônica três ambientalistas brasileiros resolveram iniciar um projeto de pesquisas sobre diversas espécies que vivem na floresta. Chegando até lá Valéria Ribeiro, Ismael França e Roberto Saraiva tratam logo da parte burocrática e procuram um centro público com alojamento de Biólogos de Manaus. Tudo aconteceu conforme o planejado, os três pesquisadores estavam muito ansiosos para chegar o dia e dar iniciação as pesquisas e também em conhecer um pedaço desse paraíso tropical, mas enquanto a noite estava prolongada e intensa aproveitaram para dormirem porque estavam muito cansados e tinham muito trabalho a fazer no dia posterior. Ao raiar do dia as 6 horas da manhã acordaram e deram o primeiro passo a tão esperada e ansiosa pesquisa, partiram com um jipe rumo a floresta amazônica tendo todas as coordenadas em mãos para chegar até lá, Ismael disse: estou muito empolgado mas me sinto com um persentimento ruim e um cansaço, Valéria e Roberto logo trataram de neutralizar essas intuições de Ismael pois do grupo ele era o mais reclamão, enfim chegaram a uma parte da floresta e de cara adentraram e virão a diversidade de animais, árvores, plantas, flores, energia positiva que emanava de dentro dela.
    Começaram a desbravar com muita curiosidade e cuidado todos os pontos permitidos para a possibilidade
    de pesquisa, andaram, e andaram por diversas horas observando e anotando muito nomes de animais, plantas e árvores, nisso si passaram 4:30 horas que já estavam circulando por todos os quantos da floresta, Roberto com seus 62 anos já muito cansado fez um "stop" descansando na beira de um rio e pediu para seus colegas continuaram e esperarem ele logo adiante perto da aldeia indígena, recusaram, mas Roberto insistiu dizendo que estavam bem, só precisava tomar um pouco de fôlego argumentando que a aldeia estava a 15 metros dali da onde eles estavam.
    Os dois entenderam e seguirão lentamente até a aldeia vislumbrando a diversidade que existi ao redor deles e esperando que Roberto os alcançasse, foi quando escutaram um grito que só poderia ser do próprio Roberto voltaram correndo ao local marcado aonde ele estava perto da beiro do rio, ficaram aterrorizados ao verem Roberto desmaiado e sendo engulido por uma sucuri de aproximadamente 8 metrôs.

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