O Parnasianismo é um período literário que ocorreu apenas na poesia. Ele é simultâneo ao Realismo-Naturalismo e apresenta características marcantes. Na imagem abaixo você verá quais são elas e depois poderá conferir um texto explicativo sobre o movimento literário.
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Origens do Parnasianismo
França: Le Parnasse Contemporain, revista literária (1860-1866) que deu nome ao movimento. Não valorizavam a inspiração, mas a palavra como objeto original, independente e controlado pela consciência formal.
Principais poetas parnasianos
- França: Leconte de Lisle (1818-1894): Poemas antigos, 1852; Poemas e versos, 1854; Poemas bárbaros, 1862. Théophile Gauthier (1811-1872): Esmaltes e camafeus, 1852. José-Maria de Heredia (1842-1905): Os trofeus, 1863. Paul Verlaine (1844-1896): Poemas saturninos, 1866; Festas galantes, 1869.
- Brasil: Alberto de Oliveira, "o poeta-geladeira" (1859-1937): Meridionais, 1884; Versos e rimas, 1895. Olavo Bilac, "o príncipe dos poetas brasileiros" (1865-1918): Poesias, 1888; Tarde, 1919. Raimundo Correia, "o poeta-filósofo" (1860-1911): Sinfonias, 1882; Versos e versões, 1887; Aleluias, 1891; Poesias, 1898. Vicente de Carvalho, "o poeta do mar" (1866-1924): Ardentias, 1885; Relicário, 1888; Poemas e Canções, 1908.
Traços fundamentais do Parnasianismo
- Perfeição formal: o poeta submete o material da linguagem a uma técnica de corte e de refinamento; no fundo, uma acrobacia virtuosística, que visa a deixar tudo perfeito. É a poesia-pintura, com preferência do metro rigoroso, das rimas raras ou difíceis.
- "Arte pela arte": a criação deve mostrar-se desinteressada da política ou do social (“Longe do estéril turbilhão da rua / Beneditino, escreve..”, Olavo Bilac).
- Objetivismo: mesmo ao descrever um eu, a poesia tem de ser clara e universal. Isso retira do eu-lírico toda substância emocionada, sentimental que fora a base da subjetividade romântica.
- Impassibilidade: os dramas, os desenganos, os transes, as comoções devem ser tratados com sangue frio. Essa atitude impassível, que não se comove com nada, é fundamental na poesia parnasiana.
- Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se. Daí, as palavras raras, os neologismos, as alegorias.
- Universalismo: contra o nacionalismo estético, os parnasianos querem o exotismo, o orienta-lismo, e renovam também o tratamento da mitologia antiga.
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