Primeiros passos para ser um escritor

Escrever se aprende escrevendo. Por mais chavão que esta afirmação seja, é bem verdade que só escreve bem quem pratica. Ainda que digam que todo bom leitor é também um ótimo escritor, discordo disso, pois não é lendo uma enciclopédia de medicina que me tornarei um médico. Mas não desprezarei por completo a ideia de que a leitura faz bons escritores, pois estando em contato com os mais variados autores, vamos afinando o gosto estético e aprendendo modelos de organização linguística que nos ajudam bastante na hora de escrever.

Mas fica a pergunta: como me torno um bom escritor?

Um elemento importante neste processo de aprendizado e amadurecimento é a prática constante. Assim, para você ter várias oportunidades de praticar a escrita ao longo do tempo, vou sugerir não só aqui, mas também no Propostas de Redação algumas atividades de escrita. Não deixe de realizá-las. Você logo sentirá seus efeitos positivos.

No começo, não se preocupe com tamanho. Interessa que você escreva. E que o faça com prazer. Lembre-se de que a maneira como a redação vem sendo cobrada em alguns vestibulares mudou bastante de alguns anos pra cá. A Unicamp, por exemplo, oferece algumas situações bastante reais de produção textual e que fogem um pouco do modelo que professores ainda ensinam nos cursinhos por aí.

Voltando à pergunta que fiz dois parágrafos acima, penso que duas práticas bastante simples podem ajudar a despertar o gosto pela escrita. Elas podem ser usadas por pais, professores e, principalmente, por quem quer aprender mais.

Duas sugestões:

a)  reserve um caderno para estas práticas de escrita. Você vai construindo nele uma coleção de seus textos, uma memória do seu caminho. Ou, como se diz mais tecnicamente, um portfólio. Com ele, você poderá ir percebendo sua própria evolução no domínio da escrita. Em algum momento, você poderá querer reescrever um texto anterior ou aproveitá-lo num novo texto. As possibilidades são muitas e você irá descobrindo-as à medida que caminha;

b)  mostre seus textos a colegas e amigos/as. Lembre-se de que escrevemos para alguém ler. Assim, o olhar dos outros será sempre valioso para você ir percebendo pontos fortes e fracos de seus textos. Quando alguém pedir que você faça o papel de leitor, seja atencioso(a) e generoso(a): por que não sermos solidários numa atividade que interessa a todos?

Com o passar do tempo, continuaremos a sugerir, inclusive, alguns fragmentos de textos de autores consagrados como forma de purificar nossa mente de tanta coisa ruim que lemos por aí. O que espero é que você olhe os textos de fora para dentro e, assim, desenvolva parâmetros de qualidade para o escrever.

É isso! #pasqualefeelings