Vestibular da FUVEST – exercícios com gabarito [1]

Os exercícios que passo a propor aqui nessa série de posts com exercícios dos vestibulares da FUVEST podem ser encontrados por aí na internet. Eu, no entanto, formatei todos eles e organizei os gabaritos. Espero que eles ajudem a fazer diferença na hora do vestibular. Mãos à obra.

EXERCÍCIOS DO VESTIBULAR FUVEST

1)  Colar de Carolina

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.
O calor de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.

Pode-se afirmar a respeito do texto:

a) São versos para crianças, tratando-se, portanto, de literatura de caráter didático.
b) Todas as palavras estão empregadas em sentido denotativo, o que por vezes acontece em textos poéticos.
c) Os versos não têm valor estético, porque não exprimem um pensamento profundo.
d) As soronidades dos vocábulos foram habilmente manipuladas, o que revela um virtuosismo do Autor.
e) É uma composição tipicamente modernista, visto que os versos não têm medida certa nem rima.

2)  Colar de Carolina

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.
O calor de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.

Assinale a alternativa que contém o par de palavras que, além da coincidência de diversos fonemas, apresenta uma relação morfológica, a saber, um radical comum:
a) calor, colar.
b) colina, coluna.
c) cor, coroa.
d) colo, colar.
e) cal, colar.

3)

I

“O meu dia foi bom, pode a noite descer
(A noite com seus sortilégios)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
a mesa posta,
com cada coisa em seu lugar.”

II

“Ai ! morrer é trocar astros por círios,
Leito macio por esquife imundo.
Trocar os beijos da mulher no visco
Da larva errante no sepulcro fundo.”

Os textos acima, que versam o tema da morte, deixam, respectivamente, uma impressão de:
a) frieza e ardor.
b) serenidade e inconformismo.
c) indiferença e desalento.
d) medo e regozijo.
e) ansiedade e temor.

4)

I

“O meu dia foi bom, pode a noite descer
(A noite com seus sortilégios)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
a mesa posta,
com cada coisa em seu lugar.”

II.

“Ai ! morrer é trocar astros por círios,
Leito macio por esquife imundo.
Trocar os beijos da mulher no visco
Da larva errante no sepulcro fundo.”

Qual a estética de cada um dos poemas?
a) romântica, parnasiana.
b) modernista, barroca.
c) parnasiana, simbolista.
d) modernista, romântica.
e) romântica, romântica.

5) O fragmento abaixo foi extraído do diálogo entre o chefe Timbira e o prisioneiro Tupi, do poema “I Juca Pirama”.

“ És livre; parte.
E voltarei.
Debalde.
- Sim, voltarei, morto meu pai.
Não voltes !
É bem feliz, se existe, em que não veja,
Que filho tem, qual chora : és livre, parte !
Acaso tu supões que me acobardo,
Que receio morrer ?
És livre; parte !
Ora não partirei; quero provar-te
Que um filho dos Tupis vive com honra,
E com honra maior, se acaso o vencem,
Da morte o passo glorioso afronta.
Mentiste, que Tupi não chora nunca,
E tu choraste ! ... parte; não queremos
Com carne vil enfraquecer os fortes.”

Depreende-se do texto que:
a) o prisioneiro Tupi conseguira a sua libertação graças à generosidade do Timbira.
b) os Timbiras desprezavam os Tupis por julgá-los covardes.
c) nem todo inimigo era considerado pelos Timbiras digno de ser sacrificado.
d) a ferocidade dos índios era incompatível com os princípios morais.
e) praticando a antropofagia, os índios não apresentavam sentimentos humanos.

6)  O fragmento abaixo foi extraído do diálogo entre o chefe Timbira e o prisioneiro Tupi, do poema “I Juca Pirama”.

“ És livre; parte.
E voltarei.
Debalde.
- Sim, voltarei, morto meu pai.
Não voltes !
É bem feliz, se existe, em que não veja,
Que filho tem, qual chora : és livre, parte !
Acaso tu supões que me acobardo,
Que receio morrer ?
És livre; parte !
Ora não partirei; quero provar-te
Que um filho dos Tupis vive com honra,
E com honra maior, se acaso o vencem,
Da morte o passo glorioso afronta.
Mentiste, que Tupi não chora nunca,
E tu choraste ! ... parte; não queremos
Com carne vil enfraquecer os fortes.”

Se em vez do tratamento na 2.ª pessoa do singular o poeta empregasse a 2.ª pessoa do plural, as formas voltes, parte, supões seriam substituídas por:
a) voltais, partide, suponde.
b) volteis, parti, supondes.
c) volteis, parti, suponhais.
d) voltai, partis, supondes.
e) voltai, partis, suponde.

7)  Selecione a alternativa que contêm as formas adequadas ao preenchimento das lacunas:
_________ dez horas que se _________ iniciado os trabalhos de apuração dos votos sem que se _________ quais seriam os candidatos vitoriosos.
a) fazia, haviam, previsse.
b) faziam, haviam, prevesse.
c) fazia, havia, previsse.
d) faziam, havia, previssem.
e) fazia, haviam, prevessem.

8)  Selecione a alternativa que contêm as formas adequadas ao preenchimento das lacunas:
Era para ________ falar ________ ontem, mas não _____ encontrei em parte alguma.
a) mim, consigo, o.
b) eu, com ele, lhe.
c) mim, consigo, lhe.
d) mim, contigo, te.
e) eu, com ele, o.

9)  Indique a forma que não será utilizada para completar a frase seguinte:
“Maria pediu ______ psicóloga que _____ ajudasse _______ resolver o problema que ______ muito _______ afligia.”
a) preposição (a).
b) pronome pessoal feminino (a).
c) contração da preposição a e do artigo feminino a (à).
d) verbo haver indicando tempo (há).
e) artigo feminino (a).

10)  Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação:
a) readquirir, predestinado, propor.
b) irregular, amoral, demover.
c) remeter, conter, antegozar.
d) irrestrito, antípoda, prever.
e) dever, deter, antever.

11) “Podem acusar-me : estou com a consciência tranqüila.”
Os dois pontos (:) do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicitando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção :
a) portanto.
b) e.
c) como.
d) pois.
e) embora.

12)  Num dos provérbios abaixo não se observa a concordância prescrita pela gramática. Indique-o:
a) Não se apanham moscas com vinagre.
b) Casamento e mortalha no céu se talha.
c) Quem ama o feio, bonito lhe parece.
d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias.
e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe vêm.

13)  Aponte a alternativa correta:
a) Considerou perigosos o argumento e a decisão.
b) É um relógio que torna inesquecível todas as horas.
c) Já faziam meses que não a via.
d) Os atentados que houveram deixaram perplexa a população.
e) A que pertence essas canetas?

14)  Destaque a frase em que o pronome relativo está empregado corretamente:
a) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar.
b) Feliz o pai cujo os filhos são ajuizados.
c) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe custou uma fortuna.
d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei terminar meu quadro.
e) Os jovens, cujos pais conversei com eles, prometeram mudar de atitude.

15)  Assinale a alternativa em que aparece uma correlação incorreta:
a) Machado de Assis Dom Casmurro romance séc. XIX.
b) Camões Os Lusíadas poesia épica séc. XVI.
c) Fernando Pessoa Odes de Ricardo Reis poesia séc. XX.
d) Tomás Antônio Gonzaga Liras poesia séc. XVIII.
e) José Lins do Rego Fogo Morto contos séc. XX.

16)  Encontre a alternativa em que há erros na correlação estética / característica:
a) Romantismo - sentimentalismo.
b) Naturalismo - determinismo.
c) Parnasianismo - descritivismo.
d) Simbolismo - materialismo.
e) Modernismo - nacionalismo.

17)  Fazendo um paralelo entre Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, pode-se afirmar que:
a) Em ambas as obras predomina o espírito científico, sendo analisados aspectos da realidade brasileira.
b) Ambas têm por cenário o sertão do Brasil, setentrional, sendo numerosas as referências à flora e à fauna.
c) Ambas as obras, criações de autores dotados de gênio, muito enriqueceram a nossa literatura regional de ficção.
d) Ambas têm como principal objetivo denunciar o nosso subdesenvolvimento, revelando a miséria física e moral do homem do sertão.
e) Tendo cada uma suas peculiaridades estilísticas, são ambas produto de intensa elaboração da linguagem.

18)  A respeito de Pe. Antônio Vieira, pode-se afirmar:
a) Embora vivesse no Brasil, por sua formação lusitana, não se ocupou de problemas locais.
b) Procurava adequar os textos bíblicos às realidades de que tratava.
c) Dada sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por assuntos mundanos.
d) Em função de seu zelo para com Deus, utilizava-O para justificar todos os acontecimentos políticos e sociais.
e) Mostrou-se tímido diante dos interesses dos poderosos.

19) Leia o texto abaixo e responda a questão.

“E ficou pensando na sua espinhosa situação. Deviam de ocorrer-lhe idéias aflitivas que os romancistas raras vezes atribuem aos seus heróis. Nos romances todas as crises se explicam, menos a crise ignóbil da falta de dinheiro ...
A coisa é realmente prosaica, de todo o meu coração o confesso. Não é bonito deixar a gente vulgarizar-se o seu herói a ponto de pensar na falta de dinheiro, um momento depois que escreveu à mulher estremecida uma carta como aquela de Simão Botelho. (...)
Pois eu já lhes fiz saber, leitores, pela boca de mestre João, que o filho do corregedor não tinha dinheiro.”

As palavras ignóbil, prosaica e estremecida podem ser compreendidas como:
a) vergonhosa, sem poesia, indiferente.
b) mesquinha, vulgar, abalada.
c) nojenta, reles, apaixonada.
d) sem dignidade, sem graça, bem distante.
e) sem nobreza, sem poesia, muito amada.

20) Leia o texto abaixo e responda a questão.

“E ficou pensando na sua espinhosa situação. Deviam de ocorrer-lhe idéias aflitivas que os romancistas raras vezes atribuem aos seus heróis. Nos romances todas as crises se explicam, menos a crise ignóbil da falta de dinheiro ... A coisa é realmente prosaica, de todo o meu coração o confesso. Não é bonito deixar a gente vulgarizar-se o seu herói a ponto de pensar na falta de dinheiro, um momento depois que escreveu à mulher estremecida uma carta como aquela de Simão Botelho. (...)
Pois eu já lhes fiz saber, leitores, pela boca de mestre João, que o filho do corregedor não tinha dinheiro.”

Aponte, dentre as passagens seguintes, aquela em que o narrador apresenta atitude diferente da observada no texto lido:
a) “O senhor sabe: sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias”.
b) “Era costume sempre, na família, a ceia de Natal”.
c) “Imagine a leitora que está em 1813, na Igreja do Carmo, (...)”.
d) ...”era um espelhinho de pataca (perdoai a barateza), comprado a uma mascate italiano(...)”.
e) “Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado (...)”.

21)

“Por isso, ó vós que as famas estimais,
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo de livre faz escravo.
E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque dessas honras vãs, esse ouro puro
Verdadeiro valor não dão à gente :
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.”

Indique a idéia que não está no texto:
a) A ambição é um vício torpe que leva à tirania.
b) As falsas honras e a riqueza não dão valor às pessoas.
c) Os que aspiram à glória devem fugir ao ócio.
d) É preciso refrear a excessiva ambição e o pendor a tirania.
e) É preferível merecer honras e riquezas não conseguidas a obtê-las sem merecimento.

22)

“Por isso, ó vós que as famas estimais,
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo de livre faz escravo.
E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque dessas honras vãs, esse ouro puro
Verdadeiro valor não dão à gente :
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.”

Caracteriza o texto um tom:
a) descritivo.
b) patriótico.
c) narrativo.
d) satírico.
e) filosófico.

23)

“Por isso, ó vós que as famas estimais,
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo de livre faz escravo.
E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque dessas honras vãs, esse ouro puro
Verdadeiro valor não dão à gente :
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.”

O autor inclui nas honras vãs:
a) a ambição de glória.
b) a ociosidade.
c) a liberdade de ânimo.
d) o refreamento da cobiça.
e) os vícios em geral.

24)

“Por isso, ó vós que as famas estimais,
Se quiserdes no mundo ser tamanhos,
Despertai já do sono do ócio ignavo,
Que o ânimo de livre faz escravo.
E ponde na cobiça um freio duro,
E na ambição também, que indignamente
Tomais mil vezes, e no torpe e escuro
Vício da tirania infame e urgente;
Porque dessas honras vãs, esse ouro puro
Verdadeiro valor não dão à gente :
Melhor é merecê-los sem os ter,
Que possuí-los sem os merecer.”

O sentido de “ponde (...) um freio duro (...)” é completado pelos termos:
a) cobiça, ambição e ócio.
b) ambição, vício da tirania e honras vãs.
c) escravidão e cobiça.
d) cobiça, ambição e vício da tirania.
e) cobiças e honras vãs.

 

GABARITO DAS QUESTÕES DO VESTIBULAR DA FUVEST

1 D , 2 D , 3 B , 4 D , 5 C , 6 B , 7 A , 8 E , 9 E , 10 E , 11 D , 12 B , 13 A , 14 A , 15 E , 16 D , 17 E , 18 B , 19 E , 20 B , 21 A , 22 E , 23 A , 24 D

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