Estabelecer critérios justos para correção de redações é muito difícil. Isso porque o ato de avaliar o que alguém escreveu é muito subjetivo. Há elementos que são objetivos como a presença de narrador em 1ª pessoa ou mesmo o uso da coletânea numa dissertação.
Medir a relevância de um argumento, no entanto, é muito subjetivo. Por isso, trago para vocês alguns critérios de correção que podem ajudar no trabalho de avaliar seus próprios textos ou de seus alunos se você for professor. Estabeleci uma divisão baseada no Tema, Estrutura e Expressão, totalizando ao final, os 10 pontos.
Critérios de Correção – Redação
TEMA E DESENVOLVIMENTO (4,0)
Aspectos considerados na avaliação deste critério:
a) Compreensão da proposta e aplicação de conceitos das várias áreas do conhecimento para o desenvolvimento do tema;
b) Seleção, relação, organização e interpretação de informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
c) Obediência às instruções da proposta.
a) Compreensão da proposta e aplicação de conceitos das várias áreas do conhecimento para o desenvolvimento do tema;
b) Seleção, relação, organização e interpretação de informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
c) Obediência às instruções da proposta.
PONTUAÇÃO:
ZERO
• Fuga ao tema ou à modalidade de texto exigida.
• Fuga ao tema ou à modalidade de texto exigida.
0,5
• Desenvolve PRECARIAMENTE o tema em um texto que apresenta características de texto dissertativo-argumentativo.
• Apresenta PRECARIAMENTE informações, fatos e opiniões relacionados ao tema.
• Apresenta EMBRIONARIAMENTE o tipo de texto dissertativo-argumentativo.
• Desobedece a algum item das instruções.
1,0
• Desenvolve TANGENCIALMENTE o tema em um texto que apresenta características de texto dissertativo-argumentativo.
• Apresenta PRECARIAMENTE informações, fatos e opiniões relacionados ao tema.
• Limita-se a REPRODUZIR os elementos fornecidos pela proposta de redação.
• Desobedece a algum item das instruções.
• Desenvolve RAZOAVELMENTE o tema - a partir de considerações próximas do senso comum.
• Apresenta paráfrases dos textos-estímulo.
• Desobedece a algum item das instruções.
2,0
• SELECIONA informações, fatos, opiniões e argumentos, mas há falha na relação com o tema.
• Desobedece a algum item das instruções.
2,5
• Desenvolve BEM o tema, mesmo apresentando argumentos previsíveis.
• Domina BEM o tipo de texto dissertativo-argumentativo.
3,0
• Desenvolve BEM o tema, apresentando argumentos consistentes para a defesa da tese.
• SELECIONA informações, fatos, opiniões e argumentos, relacionando-os ao tema proposto.
4,0
• Desenvolve MUITO BEM o tema, a partir de um projeto pessoal de texto e de um repertório cultural produtivo.
• Domina MUITO BEM o tipo de texto dissertativo-argumentativo.
• SELECIONA, INTERPRETA E ORGANIZA informações, fatos, opiniões e argumentos, estabelecendo uma relação produtiva entre essa seleção e seu projeto de texto.
Na próxima postagem, veremos os outros dois tópicos: Estrutura e Expressão
Veja, ainda, os links abaixo a respeito do tema:
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2 Comentários
Olá Bauru
ResponderExcluirDesde cedo nunca tive grandes dificuldades com redações, sempre tive o hábito de ler, eu pegava muito livro na biblioteca e de tanto ler aprendi a ortografia correta de certas palavras porque já havia visto várias vezes na leitura como ela foi escrita, aprendi também a fazer texto dissertativo e a usar certas palavras que costumam cativar os corretores, não os engano, mas sei que certas palavras chamam mais atenção, o uso dos conectores também é bem natural pra mim, adoro usá-lo. mas acho chato quando algumas pessoas inventam palavras ou usam palavras que estão em desuso pra demonstrar que o seu tradicional português, não podemos exagerar.
Uma vez ouvi de alguns professores de redação que se o texto for bem argumentado, tiver bem escrito eles acabam não considerando muito os pequenos erros gramaticais como uso de virgulas, e erro de grafia de uma ou outra palavra, é verdade isso? se for deve ser isso que tem me salvado porque sou muito ruim em gramática.
Abraços!
Ana, é a mais pura verdade... pelo menos no meu caso. Falávamos disso hoje numa reunião de corretores. Eu afirmei que prefiro um texto cheio de erros de norma culta, mas que tenha bons argumentos, uma contextualização interessante do que um rigoroso no aspecto gramatical e pobre de ideias. É um paradoxo na verdade, pois correção, como eu disse no início do post, é um ato muito subjetivo e depende muito do repertório cultural do corretor, traquejo durante o ato, sintonia com o professor para que sejam cobrados apenas aqueles pontos considerados mais importantes.
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