Sempre fui um poeta ridículo

Sempre fui um poeta medíocre, mas incentivado por professores que acreditavam que de uma turma enorme de estudantes pudesse sair um que prestasse, me aventurei pelos textos que rimam e que têm métrica. Ainda na faculdade, numa dessas tentativas de ser mais do que sou, sentado estrategicamente em frente à sala da turma da Pedagogia, escrevi este “lindo poema” capaz de deixar um “Boca do Inferno”, com o cão no corpo. Nasceu assim, num final de tarde de agosto de 1997, numa tacada só e é assim que mostrarei a vocês.


Taciturno sol


Meu taciturno sol


Na dor vivida nesse momento
no pesar da falta do teu acalento
no imprevisível questionamento
apenas um fragmento do meu pensamento.

Transcendo a ilusão e encontro a razão
Tudo é fragmento do meu pensamento.

No aroma do amor-perfeito lembro-me de ti e me deleito
Tudo é fragmento do meu pensamento.

Em cada fragmento assim
há um pedaço de mim
Em cada sonho e encanto
em nós, há um encontro.

O sol que se fragmenta
numa nuvem encontra amparo.
O que meu íntimo inventa
mostra que de ti me separo

Para ti simples comédia
Para mim complexa tragédia

Porém todas as gotas que derrubei
ao teu encontro vão.
São pedaços de mim, eu sei
mas as dei ao seu coração.

Vê, meu leitor, essa é minha mais sincera contribuição para que você comece a escrever. Se eu consegui melhorar um pouco ao longo dos anos, acho improvável que você não consiga. Leve a sério o que eu disse no post “Volte a escrever e seja feliz”.

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