A Caixa em celebração ao dia da Consciência Negra, fez um filme de 30 segundos desenvolvido a partir de uma obra do poeta e pesquisador Oliveira Silveira* (1941-2009) em homenagem aos seus 14 mil funcionários afrodescendentes. Você poderá ler o poema “Encontrei minhas origens" logo abaixo. A proposta do filme, segundo o diretor Antonio Batista foi “mostrar o negro como agente de sua libertação”, e não como beneficiário da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. “A liberdade do negro não foi doada, mas sim conquistada. O filme é afirmativo e mostra o orgulho do negro por suas origens”.
LEIA O POEMA "ENCONTREI MINHAS ORIGENS"
Encontrei minhas origens
Encontrei minhas origens
Em velhos arquivos
LivrosEncontrei
Em malditos objetos
Troncos e grilhetasEncontrei minhas origens
No leste
No mar em imundos tumbeirosEncontrei
Em doces palavras
CantosEm furiosos tambores
RitosEncontrei minhas origens
Na cor de minha pele
Nos lanhos de minha almaEm mim
Em minha gente escura
Em meus heróis altivosEncontrei
Encontrei-as, enfim
Me encontrei.
(*) O professor, poeta e pesquisador gaúcho Oliveira Ferreira da Silveira foi o idealizador do Dia da Consciência Negra.
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interessante
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